ARTE DO ENTRETENIMENTO
Pedro
Cosmos
O MUSICAL DA PASSARINHA
A
história da Passarinha acontece em uma pequena cidade do interior que não tem
teatro. Lá mora uma menina que quer muito conhecer essa arte, uma mulher que
tem o nome de ópera e sonha em voar e um menino surdo que quer dançar. Um dia,
quase que por milagre, eles recebem a visita de uma cantora de ópera. Depois
dessa visita-ave-música, a vida ganha outros contornos, outros voos.
Com
texto, letras e direção geral de EMÍLIO
ROGÊ, o espetáculo musical criado
com Libras e audiodescrição, chega para agradar, no Teatro Sérgio Cardoso,
valorizando totalmente a inclusão promovendo a acessibilidade para aqueles que
não conseguem escutar, sendo um espetáculo híbrido, muito bem produzido, uma
direção muito precisa, em fim, um espetáculo para ser prestigiado por todos.
Permeado
de muita sensibilidade, com temática difícil que pega a todos de surpresa
indesejada, no entanto se faz necessário dentro da contemporaneidade discutir
questões filosóficas, refletir sobre várias intempéries intrínsecas para que a
infância amenize suas dores com algo que possa tira-la da sua zona de sossego.
Pouco se fala sobre a morte, dos encontros, dos desejos, das
despedidas, das perdas simbólicas, foge do tema, para abordar justamente o
espetacular e O MUSICAL DA PASSARINHA, vem
com essa ruptura trazendo um mar de emoções, ressaltando jamais desistir dos
sonhos, e nessa busca o contágio é visível.
O elenco formado por JÚLIA SANCHEZ, ANANZA MACEDO, STACY LOCATELLI, FELIPE HIDEKY, LUÍSA GRILLO, DANIEL COSTA e o professor de libras HARRY ADAMS, um ator surdo que recebe muitos aplausos pelo carisma e pelo show espetacular na interpretação na linguagem dos sinais.
A música ao vivo, com arranjos e a direção musical de ERIC JORGE, que assina as músicas ao lado de KIKO PESSOA é coadjuvante nesse processo, bem como os desenhos de luz dando um colorido ao universo poético em que se inserem as ações dramáticas, transportando os espectadores para o campo das emoções.
A observação que imprimo nesse quesito, é que ao emocionar o publico, os atores tenham controle das suas emoções para que não venha a se perder e não conseguir voltar, visto que a narrativa por si só já tem essa contrapartida, é emocionante, faz-se necessário ter um distanciamento, um trabalho técnico para esse domínio.
Foto: Rubens Crispim Jr
Segundo o diretor “Estamos contando uma história que leva em consideração a vontade de chegar ao maior número de crianças possível, pensando em suas singularidades e necessidades. Foi preciso inventar uma nova gramática teatral, em que nenhum sentido seja destacado em detrimento de outro. Como cantar para quem não ouve? Aprendemos Libras! Como mostrar a encenação para quem não vê? Estamos conhecendo e entendendo a audiodescrição. Assim, formatamos o texto para todas essas linguagens, que, para nós artistas, são pouco conhecidas. E é nosso dever aprendê-las”.
Vale a
pena conferir!
FICHA
TÉCNICA
Direção audiovisual:
Rubens Crispim Jr
Dramaturgismo: Ana
Carolina
Banda: Eric Jorge,
Pedro Batista e Victor Januário Assistente de Direção: Stacy Locatelli
Desenho de luz: Aline
Santini
Cenografia: Emílio Rogê
e Mayume Maruki
Figurino: Heloisa Faria
Visagismo: Victor Paula
Direção Técnica: Maria
Clara Venna
Assessoria de Imprensa:
Agência Fática
Produção Executiva:
Thaís Cólus Direção de Produção: Rodrigo Primo
Professor de Libras:
Harry Adams
Audiodescrição -
Roteiro: Pedro Bizelli e Narração: Aressa Marque
Realização: Agência
Dramática
SERVIÇO - Teatro
Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno - Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista
-| São Paulo – SP – de 19/02 a 10/04/2022, aos sábados e aos domingos, às 15h.
(Exceto nos dias 26 e 27 de fevereiro que não haverá apresentação) Ingressos:
Temporada presencial: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada) | Temporada digital:
$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$10 (contribuição social)
Com
relação à acessibilidade, as apresentações com tradução em Libras ocorrem em
todos os sábados e com audiodescrição só aos domingos (entre 13 de março e 10
de abril).
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