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TRISTE! TRISTE... TRISTE?
Falar sobre perdas não é fácil,
aceitar perdas envolve lidar com o campo das emoções, pois inevitavelmente a
expressão da tristeza se instala e nessa busca se segura os fortes, os que
buscam ajuda ou que recorrem aos profissionais da saúde em busca de suporte
emocional, sendo fundamental para permitir-se a superação, pois nem sempre a
empatia surge como coadjuvante no sujeito e muitas transformações emanam com
resultados contraditórios.
Crédito:
Diego Rodrigues
Diante desse cenário, surge um
monólogo trazendo essa temática totalmente fraturante protagonizado pelo
experiente e premiado ator THALLES CABRAL no qual evidencia a força
dramática do artista, sua entrega e seu talento inquestionável, com idas e
vindas em um texto com densidade imensurável, promovendo diversas
intervenções junto a plateia e nessa
ruptura, o artista encontra êxito e muita garra para voltar ao personagem sem
se esquivar na baioneta e com total desenvoltura eleva a qualidade artística,
centrando na dramaticidade intrínseca, reverberando no desejo de jogar tudo para o
alto, oscilando entre a infinita tristeza do luto, se vendo nesse ínterim, o
não sentido de sua existência no mundo.
Crédito:
Diego Rodrigues
Com texto inspirado no livro TRISTE de GABRIEL ABREU, o jovem ator NICOLAS AHNERT estreia como dramaturgo e diretor
imprimindo exímio talento, vendo na sua condução uma carreira promissora. Enfim, tudo caminha muito bem com sua dramaturgia muito
acertada, boa carpintaria, soube conduzir com maestria e postar o ator THALLES
CABRAL em desenhos belíssimos de cena, muito a vontade, promovendo cenas hilariantes.
Sua dramaturgia traz um conflito
forte a ser defendido na narrativa investigativa apresentando a jornada de um
filho que, na busca pelas memórias da mãe, se vê conflitante, diante das angústias de um luto anunciado
e ao descobrir que sua mãe tem apenas um mês de vida, acaba se deparando com o encontro de si mesmo.
Crédito:
Diego Rodrigues
"A peça parte, portanto, de um dos maiores dilemas humanos para
expor essa crise identitária: a perda da figura materna. O corpo inerte da mãe
lança o protagonista nessa autoinvestigação desesperada, explorando as
consequências da orfandade prematura na formação do seu caráter. Apesar de
tocar em camadas profundas, a peça também traz leveza, requintes de humor e
cinismo na construção da personalidade e das vivências do personagem, cuja
concepção foi a grande inspiração do autor."
THALLES CABRAL, ao longo de sua carreira com trabalhos notórios em
todos os veículos, se mostra completo e na sua plenitude é perceptível sua
preparação artística, se fazendo necessário ser prestigiado.
FICHA TÉCNICA
Texto e Direção: Nicolas Ahnert.
Cenário e Figurino: Pazetto.
Iluminação: Nicolas Caratori.
Trilha Sonora: Alê Martins.
Direção de produção: Nicolas Ahnert.
Produção: Laura Sciulli e Victor Edwards.
Realização: ZERO TEATRO.
SERVIÇO: TEATRO DO NÚCLEO
EXPERIMENTAL - R. Barra Funda, 637 - Barra
Funda, São Paulo - SP - - Estreia dia 11 de outubro de 2025. Temporada: outubro
(sábados às 20h e domingos às 19h). Novembro (sábados às 20h, domingos às 19h e
segundas às 20h). Classificação: 14 anos - Duração: 70 minutos - Ingressos: R$80
- Capacidade: 100 lugares.
Link para venda:
linktr.ee/tristeespetaculo
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