terça-feira, 19 de março de 2019



Pedro Cosmos

BILLY ELLIOT 

Com elenco grandioso GUILHERME PIVETTI, BETO SARGENTELLI, TIAGO FERNANDES PEDRO SOUSA, RICHARD MARQUES, CARMO DELLA VECCHIA, PAULO GOMES, FELIPE COSTA, TAVINHO CANALLE, VANESSA COSTA, SARA SARRES, INÁ DE CARVALHO, ANDRÉ LUIZ ODIN, dentre outros, interpretando, cantando e dançando, sem necessidade de impressões particulares sobre a atuação e enredo já conhecido do filme britânico, entra em cartaz a produção teatral que vai agradar a todos, justamente por promover o que há de melhor em entretenimento e conter uma história envolvente, na qual as relações entre pai e filho é o ponto alto, marcando o espetáculo como necessário ser visto em potencial.


Embalado com música de ELTON JOHN e dirigido por JOHN STAFANIUK, Os artistas teens TIAGO FERNANDES e PEDRO SOUSA se revezam entre os papéis de Billy, promovendo cenas hilárias de Ballet, deixando a plateia em êxtase.
No enredo, enquanto todos enfrentam a greve da mineradora, o pai de Billy incentiva o filho a ser boxeador. No entanto, o menino se depara com o ballet, e o encanto é súbito. Incentivado pela professora de dança, o artista começa a frequentar as aulas, trapaceando o pai e enfrentando o preconceito. Conflitos estão armados e o texto brilhante e comovente é encenado com encanto e de forma espetacular. Dança contemporânea, sapateado e ballet, com números a não deixar piscar os olhos, levam à plateia a loucura, misturando comicidade, drama, o qual esbarra em fortes emoções.


 O espetáculo chegou em boa hora, no momento certo, com cenas cabíveis de reflexão, diversidade, pluralidade, A ruptura do machismo familiar, respeito as diferenças, mas tendo um olhar humano e consciente por parte dos grevistas que ajudam o menino a seguir em frente, contrariando a vontade do irmão, porém já aceito pelo pai.

A professora (VANESSA COSTA) Dá um show na dança e simpatia ao conduzir a dança, os ensaios com profissionalismo, logo se percebe a o quanto tem importância essa linguagem, que aparentemente beira ao perfeccionismo. Beto Sargentelli no papel de Tony e INÁ DE CARVALHO –Avó - merece destaque graças a primorosa atuação.

SERVIÇO - TEATRO ALFA - Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000. De 4/08 a 23/09/18. Sexta: 20h30min. Sábados: 15h e 20h. Domingo: 14h e 18h30min. Classificação: Livre. Ingressos: R$ De 75,00 a 310,00.


Pedro Cosmos

NA CAMA COM MOLIÈRE

Com livre inspiração em “O Doente Imaginário”, de Molière, a comédia dirigida pelo inglês JOHN MOWAT, agrada a plateia. Com um humor popular, logo se percebe as incansáveis risadas promovidas pelo elenco HENRIQUE TAUBATÉ LISBOA (Aragão), WILMA DE SOUZA (Belinha - esposa de Aragão), AUGUSTO MARIN (Dr. Boa Morte e Cleison - Enamorado), FABRICIO GARELLI (Tonha - empregada), DULCINÉIA DIBO (Angélica - enamorada) e PAULO DANTAS (Taiguer - filho do Dr. Boa Morte), todos com excesso de loucura pronto para arrancar gargalhadas.

                                                                         Foto: Jamil Kubruk

No enredo, as peripécias de Aragão, um velho hipocondríaco que é incentivado por seu médico a testar novos tratamentos e remédios para todas as suas doenças imaginárias. Além disso, a segunda esposa de Aragão é a interesseira Beline e ele sonha casar sua filha Angélica com o filho de um amigo médico – só para ter um doutor na família.


                                                                                       Foto: Jamil Kubruk

A encenação, que acontece toda em cima de uma cama em um hospital, cria uma reflexão sobre o medo iminente da morte, a solidão do mundo contemporâneo e outros temas comuns à obra do autor, como a cobiça, o egoísmo, a charlatanice e a arrogância. Trata-se de uma sátira bem atual sobre a poderosa indústria da medicina.


SERVIÇO – TEATRO COMMUNE – Rua da Consolação, 1218, TEL.: 3476-0792. Sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h. Ingressos: R$ 30,00. Censura: 12 anos. De 09/02 a 21/04. Duração: 80 minutos


 Pedro Cosmos

QUANDO ISMÁLIA ENLOUQUECEU

No que depender das atrizes MARIA DO CARMO SOARES, SALETE FRACAROLLI, CLEIDE QUEIROZ e JOSELI RODRIGUES, o universo poético está bem muito representado. Elas dão vida aos Poemas de Olavo Bilac, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, dentre outros, mostrando a graça, a beleza, envolta de muita comicidade, tendo direção do excelente FERNANDO CARDOSO.

                                                                      foto de Sillas H e Vini Poffo 

As poesias, quando monologadas, ganham suporte das outras atrizes, resultando em desenhos perfeitos, as intervenções musicais são plausíveis, fazendo o espectador interagir, deixando com gosto de “quero mais”. É evidente que O grupo AS TIAS, tenha grandes artistas, com longa história, domínio total do palco e vozes a não se perder uma vírgula, o que eleva a poesia em grandiosidade ímpar.

TATO FISCHER, compôs as músicas e toda ao piano, somando com as "TIAS", fazendo a plateia vibrar com os ritmos da modinha, do lundu e da catira.
                                                                          Foto divulgação

A montagem foi contemplada pelo 7º Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo, deixando a cidade também contemplada pelo bom uso dos recursos. Precisando entretanto de ser visto e degustar do momento poético e de um  teatro que une a música, a dança, a poesia musicada e dramatizada, além de toda contrapartida social que o teatro oferece.


SERVIÇO – TEATRO JOÃO CAETANO – Rua Borges Lagoa, 505, Vila Clementino, Tel.: 5549-1744.  Sexta: 21h, sábado: 20h30 e domingo: 19h. Ingressos: Grátis. (Distribuídos uma hora antes. Uum ingresso por pessoa) Classificação: livre Duração: 60 minutos.

domingo, 17 de março de 2019

Pedro Cosmos

DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA

Encarar personagens que destoa do cotidiano e ainda de outro sexo requer muito preparo e uma direção atenta para que não caia na mesmice e no estereótipo. As atrizes DALILÉA AYALA e MAYARA MAGRI mostram que inovar é preciso ao encararem os papéis masculinos no texto do dramaturgo Plínio Marcos escrito em 1966.

As experientes atrizes estão com caracterização irretocável. Daliléa com muita vivência na comédia encara o drama a altura e Mayara é surpreendente ao duelar o tempo todo, tripudiando, despertando ódio da plateia, e assim, em um jogo plausível, elas emprestam sua personalidade para viverem papéis marginalizados, (Tonho e Paco) respectivamente, defendidos com muita garra.
                                                            Fotografia: Danilo Lacalle

FLÁVIO GALVÃO apresenta a sua direção acertada, com leveza e sem pieguices centralizou as ações dramáticas nas atrizes, permitindo que elas se sentissem livres para abusarem da ousadia de viverem os seus papéis. Ou seja, esses homens, que sem nenhum escrúpulo, sem nada a perder, jogam sujo um com o outro, tripudiam, se duelam sem nenhuma moral, em um ambiente maltrapilho, vivendo em condições miseráveis, muito atual nos dias de hoje por mostrar os conflitos sociais, indo da insegurança no trabalho, à expectativa em meio a angústia e anseios diversos, com conflitos que se seguram, já que as personagens tem visão opostas.

Fotografia: Danilo Lacalle

Para Daliléa “a importância de montar Plínio Marques nos dias de hoje é justamente o sentido que seus textos fazem no nosso contexto. Ele foi o dramaturgo mais censurado do país e de fato viveu o submundo de que escreve, conhecendo parte dos personagens que estão nas suas peças e passando pelo período do AI 5, na ditadura militar”.

O simples fato de sonhar com um simples par de sapatos, já gera conflito suficiente para o teatro existir na obra de Plínio. Levando o desejo de um em detrimento da possessão do outro a grandes embates, chegando a agressão física. 

Em fim, vale a pena ser conferido e aplaudir essas atrizes brilhantes. 

 SERVIÇO - Teatro Shopping West Plaza - Av. Francisco Matarazzo, s/n - Bloco B - Sala Nicette Bruno. Sextas, às 21h, e sábados, às 20h. Ingressos: R$ 50,00. Duração: 80 minutos. Classificação: 14 anos. De 08 a 30 de Março/2019.

BERTOLEZA

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