quarta-feira, 29 de outubro de 2025

TRISTE! TRISTE... TRISTE?

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TRISTE! TRISTE... TRISTE?

Falar sobre perdas não é fácil, aceitar perdas envolve lidar com o campo das emoções, pois inevitavelmente a expressão da tristeza se instala e nessa busca se segura os fortes, os que buscam ajuda ou que recorrem aos profissionais da saúde em busca de suporte emocional, sendo fundamental para permitir-se a superação, pois nem sempre a empatia surge como coadjuvante no sujeito e muitas transformações emanam com resultados contraditórios.

Crédito: Diego Rodrigues

Diante desse cenário, surge um monólogo trazendo essa temática totalmente fraturante protagonizado pelo experiente e premiado ator THALLES CABRAL no qual evidencia a força dramática do artista, sua entrega e seu talento inquestionável, com idas e vindas em um texto com densidade imensurável, promovendo diversas intervenções  junto a plateia e nessa ruptura, o artista encontra êxito e muita garra para voltar ao personagem sem se esquivar na baioneta e com total desenvoltura eleva a qualidade artística, centrando na dramaticidade  intrínseca,  reverberando no desejo de jogar tudo para o alto, oscilando entre a infinita tristeza do luto, se vendo nesse ínterim, o não sentido de sua existência no mundo.

Crédito: Diego Rodrigues

Com texto inspirado no livro TRISTE de GABRIEL ABREU, o jovem ator NICOLAS AHNERT estreia como dramaturgo e diretor imprimindo exímio talento, vendo na sua condução uma carreira promissora. Enfim, tudo caminha muito bem com sua dramaturgia muito acertada, boa carpintaria, soube conduzir com maestria e postar o ator THALLES CABRAL em desenhos belíssimos de cena, muito a vontade, promovendo cenas  hilariantes.

Sua dramaturgia traz um conflito forte a ser defendido na narrativa investigativa apresentando a jornada de um filho que, na busca pelas memórias da mãe, se vê conflitante, diante das angústias de um luto anunciado e ao descobrir que sua mãe tem apenas um mês de vida, acaba se deparando com o encontro de si mesmo.

Crédito: Diego Rodrigues

"A peça parte, portanto, de um dos maiores dilemas humanos para expor essa crise identitária: a perda da figura materna. O corpo inerte da mãe lança o protagonista nessa autoinvestigação desesperada, explorando as consequências da orfandade prematura na formação do seu caráter. Apesar de tocar em camadas profundas, a peça também traz leveza, requintes de humor e cinismo na construção da personalidade e das vivências do personagem, cuja concepção foi a grande inspiração do autor."

THALLES CABRAL, ao longo de sua carreira com trabalhos notórios em todos os veículos, se mostra completo e na sua plenitude é perceptível sua preparação artística, se fazendo necessário ser prestigiado.

 

FICHA TÉCNICA

 

Texto e Direção: Nicolas Ahnert.

Cenário e Figurino: Pazetto.

Iluminação: Nicolas Caratori.

Trilha Sonora: Alê Martins.

Direção de produção: Nicolas Ahnert.

Produção: Laura Sciulli e Victor Edwards.

Realização: ZERO TEATRO.

 

SERVIÇO: TEATRO DO NÚCLEO EXPERIMENTAL - R. Barra Funda, 637 - Barra Funda, São Paulo - SP - - Estreia dia 11 de outubro de 2025. Temporada: outubro (sábados às 20h e domingos às 19h). Novembro (sábados às 20h, domingos às 19h e segundas às 20h). Classificação: 14 anos - Duração: 70 minutos - Ingressos: R$80 - Capacidade: 100 lugares.

Link para venda: linktr.ee/tristeespetaculo




 

 

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