O Diretor Luiz Campos traz para a cena o texto de Josemir
Medeiros e Cia. Los Puercos. Caecus palavra de origem latim que significa
“cegos”’, aborda o universo da mulher, sua luta, resistência e contrapartida
social por meio do documentário cênico construído com pesquisa, abordando
situações diversas vivenciadas pelas mulheres, dando-lhe voz a discussões
polêmicas e silenciadas. Não se trata de uma proposta inédita, pois várias
propostas parecidas já nos contemplaram promovendo grandes exercícios cênicos,
lembrei de UM SANATÓRIO PARA FREUD, de Ivan Antônio, apresentado pelo grupo
“Palavra no Cio” nos anos 90, que tinha objetivos semelhantes.
foto: Iara Marcek |
O jovem diretor
mostrou muita segurança no seu trabalho, deixou um texto polêmico ficar
atraente e muito atual. O local é muito apropriado para a ação, além de muito
acolhedor e conta com uma grande equipe de colaboradores. O elenco composto por
GIOVANNA MARCOMINI, GUSTAVO GARCIA E JESSICA DIBI dão conta do recado se
reversando em várias personagens para viverem a dor e o dissabor das mulheres,
sobrevivendo ao machismo, a homofobia abordada por meio de situações do
cotidiano, a gravidez indesejada, abandono e a todo o tipo de retrocesso a qual
foi atribuído a elas. Vale ressaltar a entrega do elenco em todo o processo.
Gustavo Garcia é um talento a vista, desprovido de preconceitos, ressalta muito
preparo e seu futuro é promissor.
CAECUS é um grito
de luta e resistência, dando voz aos que muitas vezes são premidas por uma
sociedade retrocesso. O espetáculo valoriza a luta e a garra das mulheres
enxergando a importância que a Ex-presidenta Dilma teve no processo de
enfrentamento por dias melhores, vivendo a ditadura e seu olhar para um Brasil
melhor e mais humano. A peça apresenta quatro cenas independentes que se
costuram e dialogam, valendo a pena ser prestigiada, discutida e refletida.
SERVIÇO – TEATRO DE CONTÊINER MUNGUNZÁ – Rua dos Gumões, 43,
Luz
Seg. e terça às
20h30, R$20.
De 12/03/2018 até 03/04/2018.
Classificação: 12 anos.
Duração:
70 min.
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