domingo, 20 de outubro de 2024

A PESTE

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A PESTE

Monólogo forte, tenso e de grande dramaticidade, estrelado pelo ator THIAGO LACERDA, vem reforçar o seu inegável  talento, interpretação convincentemente e segura, a genialidade e grandiosidade do artista do palco e das telas da tv e do cinema, emendando incansavelmente um trabalho ao outro, o qual contraria indubitavelmente o que se diz que não existe unanimidade.

Foto: Arte do Entretenimento

Conferindo  A PESTE, a constatação foi evidente, vendo um artista com preparo total no corpo e na voz, trazendo para a cena, as diversas personagens da obra, seguindo uma linha do tempo cronológica da narrativa com os acontecimentos horripilantes em uma condução totalmente acertada, deixando a “longa” narrativa com a suavidade necessária fazendo uso de todo palco brilhantemente  e durante 1h20min, é perceptível que o público pede mais. 

Foto: Mônica Côrtes

 Se houvesse premiação para memorização THIAGO LACERDA seria potencialmente contemplado, pois diante de uma plateia silenciosa e sem pestanejar, o assunto na saída do teatro, se estendendo ao saguão era a mesma: até os milésimos de segundos cronometrados e ao receber seu público para os cumprimentos, via-se todos boquiabertos e um silêncio instalado.

Baseado na obra do tão aclamado existencialista ALBERT CAMUS, publicada em 1947, A peça tem tradução de VALERIE RUMJANEK e direção irretocável de  RON DANNIELS, reforçando a parceria de sucesso já presenciada em “Hamlet”, “Repertório Shakespeare”, “Medida por Medida”, sendo a prova de que tudo caminha muito bem e o teatro agradece.

Foto: Mônica Côrtes

“Ambientada na então colônia francesa de Orã, Argélia, a montagem é um convite a pensar à sociedade sob perspectiva coletiva. Assim como no romance, a história evolui a partir do relato do Dr. Bernard Rieux que, de forma fluida e reflexiva, apresenta a evolução da peste, narrando a instauração da epidemia em larga escala, os impactos individuais e coletivos, as medidas tomadas e os desdobramentos das ações na sociedade.”

A montagem de  A PESTE prima pela qualidade total, e o texto por trazer muita curiosidade na interpretação solo, extrapola a expectativa por se encontrar em boas mãos, não se perdendo nada na tão difícil narrativa contada pelo doutor Bernard Rieux e como a pequena cidade de Orã, lutou para sobreviver a toda balbúrdia causando dores e sofrimento pelo devastador flagelo da peste. 

Foto: Arte do Entretenimento

RON DANIELS não é simplesmente um conhecedor do universo shakespeariano e sim um mestre do fazer teatral com conhecimento notório em várias linguagens e atuação internacional. Encenou  Encenou mais de trinta obras de Shakespeare na Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Brasil, tendo dirigido grandes astros e estrelas, entre outros, Ian McKellen, Glenda Jackson, Gary Oldman, Patrick Stewart, Ralph Fiennes e Kathleen Turner, além de promover seu conhecimento adquirido para delete de muitos artistas e estudantes de teatro no Brasil e em outros países.

FICHA TÉCNICA

Texto: Albert Camus

Tradução: Valerie Ramjanek
Adaptação e Direção: Ron Daniels
Atuação: Thiago Lacerda

Cenário e figurinos: Márcio Medina
Iluminação: Fábio Retti
Sonoplastia: Aline Meyer
Direção de imagem e Videomapping:
André Grynwask e Pri Argoud
Fotografia:
Mônica Côrtes
Designer Gráfico:
Gustavo Blaauw
Direção de Produção: Érica Teodoro

Diretor Técnico: Marcos Loureiro
Assistência de Direção: Bia Felix
Assistência de Iluminação: Kim Retti
Alfaiate: Alex Leal
Confecção Painéis e piso: Enrique Casas
Maquinista:
Chim Quirino
Sonorização:
Aline Meyer e Renato Garcia
Operação de Som:
Renato Garcia
Operação de Vídeo: Pri Argoud
Operação de luz:
Ademir Muniz

Revisão de textos: Ofício das letras
Assessoria de Imprensa SP:
Ofício das Letras – Adriana Monteiro
Assessoria de Imprensa Nacional: Juliana Lacerda
Mídias Digitais | Digital Diglings:
Nayara Gonzalez

Produção Executiva: Nélio Teodoro
Apoio de Produção:| Gustavo Blaauw e Aline Menezes
Administração: Flândia Mattar
Produção:
Ibirapema Produções Artísticas

Vale a pena prestigiar a obra de Camus e o talento desse genial ator.


SERVIÇO - SESC SANTANA – Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Jd. São Paulo. Local: Teatro. 330 lugares. 14 anos. Ingressos: R$ 70,00 (inteira), R$ 35,00 (meia) R$ 21,00 (credencial plena) - Duração: 80 minutos - Acesso para pessoas com deficiência. Estacionamento – R$ 17,00 a primeira hora e R$ 4,00 a hora adicional – desconto para credenciados. Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 19 vagas. Para mais informações, acesse o portal Sesc SP

Os ingressos estão disponíveis através do app Credencial Sesc SP, da central de relacionamento digital e presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc

 

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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

PAIOL VELHO

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PAIOL VELHO

Vê-se um teatro com muita doação, realizado com esmero, com a garra e coragem de quem não mediu esforços para colocar em ação o PAIOL VELHO, já encenado pelo polonês ZIEMBINSKI, protagonizado por CACILDA BECKER.

Imagem: Arte do Entretenimento

O GRUPO CARRIOLA, sem apoio e nenhuma forma de patrocínio, traz para a cena um dos mais importantes autores da dramaturgia nacional, ABÍLIO PEREIRA DE ALMEIDA, (1906-1977), dando vida ao texto com desempenho plausível e entrega perfeita dos atores chamando atenção para um trabalho de grupo que prima pela excelência, apresentando minuciosamente, resultando em uma proposta muito bem-produzida. 

Imagem:  Telmo Junior

Um texto muito agradável, com carpintaria inteligentemente irretocável cuja montagem dirigida com sabedoria pelo talentoso RICARDO BRIGHI, diretor, ator, produtor, aliás um homem de teatro,  tem seu mérito e faz jus ser prestigiado. Pois é inegável a facilidade de conduzir um espetáculo onde todos os recursos cabíveis têm presença marcante e num piscar de olhos o milagre acontece, em Paiol foi um trabalho árduo. Diante da sua “brilhante loucura”, o diretor imprimiu bom gosto e vivacidade em todas as especificidades: cenário, trilha sonora, figurinos, tudo a contento. 

Imagem:  Telmo Junior

Um superelenco apresentando várias revelações, a começar pelo trio protagonista retratado na imagem acima, somando aos demais integrantes que não deixam por menos no comprometimento das ações dramáticas (DAVI BOSIO, GUILHERME VENDRAMIM, JÉSSICA FIORAMONTE, JORGE PITTA, JÚLIO SBARRAIS, JUSSARA NASCIMENTO, KLIFERSON RESSURREIÇÃO, LEOBINA BEZERRA, LEO NOGUEIRA, RICARDO BRIGHI e TELMO VEIGA), em sintonia com o texto, sem atropelos, ego e vaidade, com todas cenas organizadas  pela inteligibilidade, mostrando extrema qualidade artística.

Imagem: Arte do Entretenimento

“A história começa com o casal Tonico e Lina, que administram uma fazenda cafeeira em meio à um casamento conflituoso. A rotina do casal é quebrada com a chegada de Mariana e seu filho João Carlos, os proprietários da terra que vivem na capital. A visita se deve à desconfiança de que Tonico estaria desviando parte dos lucros com a venda das safras, o que, de fato, ocorre, já que o administrador acredita ter direitos de propriedade sobre a fazenda, já que a administrou por muitos anos, enquanto os verdadeiros donos apenas desfrutavam do dinheiro com uma vida luxuosa na cidade. A trama evolui para traições, vícios e ambições que culminam em um final surpreendente e impactante”.

Imagem: Arte do Entretenimento

ABÍLIO foi o autor nacional mais encenado pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e seu texto mostra o enfrentamento conflitante entre o opressor e o oprimido, o poder tradicionalmente emanando o seu autoritarismo como de costume e nesse ínterim, surge bons enfretamentos para o delete dos espectadores.

Embora injustiçado pelos críticos da época e seu inconformismo o levou a um fim trágico, o dramaturgo mostrou ao que veio com seu drama épico rural, tendo  consistência, beleza, bons conflitos sustentáveis no qual sobressai com propriedade belíssimas interpretações enriquecendo a entrega dos atores, ressaltando em um espetáculo de rara beleza.

FICHA TÉCNICA

Texto: Abílio Pereira de Almeida

Direção: Ricardo Brighi

Iluminação: Agnaldo Nicoleti

Trilha sonora original: Vinicius Alves

Cenografia: a equipe

Produção: Ricardo Brighi

Figurino: Léo Nogueira

Projeto Gráfico: Ricardo Brighi

Mídias Sociais: Jéssica Fioramonte e Jussara Nascimento

Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação

Realização: Carriola Cultural Produções Artísticas e Culturais 

Vale a pena conferir o trabalho dessa trupe e degustar os clássicos da  dramaturgia nacional que tanto favoreceu a nossa efervescência cultural. 

SERVIÇO - TEATRO MARIA DELLA COSTA - R. Paim, 72 - Bela Vista, São Paulo – SP- Gênero: drama. Classificação: 14 anos. Duração: 90 minutos. Temporada: de 4 de outubro a 2 de novembro, sextas e sábados, 20h. Ingressos: R$ 60,00 | R$ 30,00 - Estacionamento ao lado - Teatro possui acessibilidade

Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/98419/d/278925/s/190742

 

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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O LIVRO DOS PRAZERES

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 O LIVRO DOS PRAZERES

A montagem traz os talentosos atores CAIO PADUAN MELISE MAIA, em perfeita sintonia,  trouxeram para o palco o universo do amor na visão de CLARICE LISPECTOR, (1920-1977), jornalista, escritora e contista,  autora de memoráveis romances,  sendo este o sexto publicado em 1969, e nesse ínterim, vivenciamos boas reflexões filosóficas, degustamos o desejo de amar em meio aos encontros e desencontros do casal.


Foto: Guilherme Bezerra

O Livro dos Prazeres é um espetáculo inédito com direção muito acertada do multifacetado artista, o experiente ERNESTO PICOLLO, que com muito mérito transpôs literatura para o palco com exímia precisão, imprimiu ritmo certo, promovendo desenhos belíssimos de cena, deixando o faz de conta fluente e o amor entrar na sua fertilidade.

“A história narra o início do relacionamento amoroso entre Loreley, mais conhecida como Lóri, uma professora primária, e Ulisses, um professor de filosofia. A tensão entre os dois, que têm objetivos e desejos diferentes, leva a um processo de aprendizagem e de autodescoberta”.

A adaptação coube a própria atriz MELISE, que diante de suas escolhas, compreendeu nas entrelinhas a sensibilidade e a essência do amor,  deixando o texto muito assertivo, com as idas e vindas a contento, tudo redondinho,  e no entanto, o resultado é um verdadeiro primor.

Foto: Guilherme Bezerra

PADUAN, conhecido pelos trabalhos no cinema e na televisão, tem encontrado no teatro seu lugar certo e vem se firmando progressivamente. O ator tem participado de montagens com diferentes diretores, desenvolvido personagens eloquentes no teatro (THE BOYS BAND, PALHAÇOS) sendo cada trabalho diferente do outro, se mostrando um exímio ator e nesse crescente, atuou como diretor no espetáculo ‘‘IRON - O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO’’, pelo seu desempenho no espetáculo Palhaços, foi indicado ao Prêmio Bibi Ferreira de melhor ator, e o teatro muito se envaidece com a sua entrega.

MELISE MAIA tem presença de palco, experiência  notória como atriz no cinema, teatro e televisão, além de sua contribuição na dramaturgia com vários textos encenados. Portanto vale a pena fruir o amor, ter a percepção da angústia e ansiedade andando juntas, perceber que a  liberdade do amor perdura e a impossibilidade de amar perde força,  pois o desejo é o que move a sua inquietante personagem, que não se esquiva indo em busca perdidamente.

Foto: Guilherme Bezerra

Portanto, vale a pena prestigiar o jogo dos dois brilhantes artistas, justamente por transcender todas as expectativas, se mostrando de primeiríssima qualidade.

FICHA TÉCNICA

Autora: Clarice Lispector

Adaptação: Melise Maia

Elenco: Melise Maia e Caio Paduan

Direção: Ernesto Piccolo

Assistente de direção: Hélio Ribeiro

Direção de produção: Fabio Camara

Direção Musical e Trilha Sonora: Edu Lobo

Trilha Sonora (gravação): Biscoito Fino

Músicos: Mauro Senise (Sopros), Cristóvão Bastos (Piano) e Jorge Helder (Contrabaixo)

Direção de Movimento: Marcia Rubin

Cenografia: Rostand Albuquerque

Iluminação: Eduardo Salino

Figurino: Marcela Treiger

Operação de som: Ana Carolina

Operação de luz: Jackson Oliveira

Produção executiva: Mayara Mariotto

Fotos: Guilherme Bezerra

Programação visual e redes sociais: Stephano Matolla

Assessoria de imprensa: Fabio Camara

Produção local: Lugibi Produções Artísticas e Girassol em Cena Produções Artísticas

Idealização: Melise Maia

Realização: Rimel produções


SERVIÇO: TEATRO RUTH ESCOBAR – Sala Dina Sfat. (Rua dos Ingleses 209 – Bela Vista). 370 lugares. De 02/10 até 31/10 (Quarta e quinta 20h) INGRESSOS: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia). CLASSIFICAÇÃO: 12 anos. DURAÇÃO: 60 min. INFORMAÇÕES: 11 3289 2358

VENDAS: https://www.sympla.com.br/eventos?s=O%20LIVRO%20DOS%20PRAZERES

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